quinta-feira, 16 de março de 2017

No âmbito da temática dos seis sentidos do ser humano (visão, olfato, audição, paladar, tato e intuição) a desenvolver com o grupo de crianças e jovens da ACEA, dentro do planeamento para o presente ano letivo, foi realizada no passado dia 11 de março uma visita à GAPA, instituição sediada no concelho de Alcobaça, composta exclusivamente por voluntários, cuja missão é salvar animais abandonados e reintegrá-los em novos lares.

Esta visita teve como finalidade estabelecer a ponte para a sensibilização do espírito de entreajuda entre o ser humano e os animais, nesta partilha de afetos e desenvolvimento simbiótico entre as duas espécies, sendo a última mais desenvolvida no que respeita ao sentido olfativo.

Para além de servir de introdução ao estudo deste sentido, esta deslocação permite ainda criar raízes mais profundas pela interação in loco, deixando uma recordação mais vibrante pela interação e vivências partilhadas.

Às 14,30 horas, cumprindo o mesmo horário das atividades levadas a cabo pelo grupo a cada sábado, iniciou-se a visita num misto de expetativa e emoção sentida não só pelos componentes habituais do grupo como por alguns progenitores que aceitaram o desafio de passarmos uma hora descontraída e didática, reforçando os laços entre todos, num contexto de família alargada tal como nos ensinam O Livro dos Espíritos e o Evangelho Segundo o Espiritismo, entre outras obras espíritas.

Entre ladrares e comentários, numa mistura de barulhos e cheiros a juntar ao colorido de diferentes cães e gatos, lá fomos percorrendo as várias filas destes “lares” que se pretendem temporários, mas que infelizmente nem sempre o são.

Em cada gradeamento podíamos ler os nomes atribuídos aos seus ocupantes, tornando-se latente o pormenor do carinho e cuidado nessa escolha, refletindo ora a personalidade, ora algumas das suas características físicas.

Muito marcante, como não poderia deixar de ser, foi ainda o envolvimento imediato destes nossos irmãos na fase animal, que, de forma mais ostensiva ou mais discreta, nos “pediam” atenção, mimos e acolhimento nos nossos lares!

Com alguma dificuldade devido ao barulho constante, fomos conseguindo trocar impressões sobre os mais variados assuntos, nomeadamente quais as principais dificuldades com que se depara a instituição, quais as suas necessidades mais prementes, como se organizam na conjugação das tarefas, quantos animais têm em média por ano e quantos conseguem ser adotados, como pode a população contribuir, entre outras questões.

Deixámos o espaço com uma singela oração dirigida ao nosso Mestre Jesus, pedindo o seu auxílio e amparo para esta obra nobre de assistência a estes seres desvalidos, pelos quais o ser humano também é responsável.

À despedida cruzámo-nos com o carro dos Bombeiros Voluntários de Alcobaça que se preparavam para fazer a higiene do local, muito difícil de manter de outra forma.

Trouxemos em nós marcada a esperança e o exemplo de que quando o homem quer agir no bem todos os caminhos se abrem e a obra nasce.

Ficou no ar o convite à reflexão para a seguinte pergunta: E cada um de nós, o que podemos fazer para auxiliar? Desde um pequeno contributo financeiro à adoção de um destes fiéis companheiros do homem, com tanto amor para dar e receber, tudo isso nós podemos fazer J


Fonte: ACEA